As mulheres que vivem em áreas rurais são as que alimentam comunidades, protegem o meio ambiente e impulsionam o desenvolvimento sustentável.
Hoje, Dia Internacional das Mulheres Rurais, ONU faz um apelo global para uma acção audaciosa para promover direitos, igualdade e empoderamento de mulheres e meninas que actuam no campo; elas apoiam segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento das sociedades.
As mulheres que vivem em áreas rurais são as que alimentam comunidades, protegem o meio ambiente e impulsionam o desenvolvimento sustentável, mas também estão entre as mais afectadas pela pobreza extrema e pela insegurança alimentar. Segundo a ONU, investir nelas é mais do que um gesto de justiça, é uma “garantia para o futuro comum da humanidade”.
A ONU Mulheres destaca que, por gerações, mulheres em comunidades rurais têm liderado movimentos colectivos em prol da igualdade, da justiça climática e da transformação social. Elas mobilizam vizinhanças, influenciam políticas e “constroem pontes entre a acção local e o progresso global’.
No entanto, se as tendências actuais continuarem, 351 milhões de mulheres e meninas ainda viverão em pobreza extrema até 2030.
A desigualdade de acesso a recursos produtivos, financiamento, educação e terra continua a limitar o potencial de milhões de mulheres. Ainda assim, no meio das adversidades, as suas histórias de superação mostram o poder transformador do empoderamento económico.
O exemplo de Verene Ntakirutimana, do Ruanda, ilustra o impacto directo de investir nas mulheres rurais. Com o apoio do Programa Conjunto sobre o Empoderamento Económico das Mulheres Rurais, ela conseguiu transformar a sua pequena produção de subsistência num negócio próspero.
O sucesso de Verene não só melhorou o seu rendimento, como também mudou mentalidades: promoveu a tomada de decisão compartilhada e inspirou outras mulheres a seguirem o mesmo caminho.
O tema de 2025 do Dia Internacional, “Mulheres Rurais em Ascensão”, é, ao mesmo tempo, uma homenagem e um chamado à acção. A ONU Mulheres destaca que fortalecer os meios de vida, liderança e direitos, conforme estabelecido na Agenda de Acção Pequim+30, é essencial para o progresso global.
Iniciativas internacionais, como o Ano Internacional das Mulheres Agricultoras, 2026, e a Década Interamericana pelos Direitos de Todas as Mulheres, Adolescentes e Meninas em Contextos Rurais, 2024–2034, representam oportunidades concretas para dar visibilidade ao grupo. A ONU também destaca movimentos comunitários como o “Mulheres para o Kilimanjaro”.
